BRAGANÇA

UDIPSS já é uma realidade

Alfredo Augusto Castanheira Pinto foi eleito, a 3 de Dezembro de 2008, Presidente da União das Instituições Particulares de Solidariedade Social do Distrito de Bragança, para o triénio de 2009-2011. Desde Janeiro de 2006 liderava a Comissão Instaladora.
Foi Director e Administrador-delegado do Hospital Distrital de Macedo de Cavaleiros.
Recentemente foi reeleito Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Macedo de Cavaleiros, cargo que ocupa desde 1972. Castanheira Pinto nasceu a 13 de Maio de 1936, em Vinhais, Distrito de Bragança.

SOLIDARIEDADE - Que razões o levaram a candidatar-se à UDIPSS - Bragança?
CASTANHEIRA PINTO
– O que me levou a apresentar candidatura à UIPSS – Bragança, foi a prossecução do objectivo de continuar a organizar a Instalação da respectiva União Distrital.

Como foi o trabalho da Comissão Instaladora?
A Comissão Instaladora foi nomeada no dia 20 de Abril de 2006, pelos sócios fundadores, para se proceder à criação e organização da União e preparar a realização de eleições para os órgãos Sociais da União de Bragança (UIPSSDB). Passado que foi um ano de funcionamento da UIPSSDB, e não se tendo verificado algumas das condições para se realizarem as referidas eleições como: o regulamento eleitoral, pagamento das quotas das associadas e admissão de novas Instituições, as eleições não foram realizadas no tempo previsto. A Comissão Instaladora propôs às representantes das Instituições Fundadoras da UIPSSDB que se prorrogasse o regime de Instalação da UIPSSDB ate 31 de Dezembro de 2008; e posteriormente que se realizassem as eleições para os Órgãos Sociais no mês de Dezembro de 2008, como se veio a concretizar a 3 de Dezembro.

O que o levou a liderar o processo de subida de nível de organização?
Passar de Comissão Instaladora para a nomeação dos Órgãos Sociais da UIPSSDB era um dos objectivos quando se criou a Comissão Instaladora e, assim, passados dois anos realizou-se a Assembleia Geral onde foram eleitos os Corpos Sociais para o Triénio 2009/2011. Pretende-se de igual modo dar continuidade ao trabalho que vinha a ser já desenvolvido, como representar, promover e assumir a defesa dos interesses comuns das associadas; consolidar junto das associadas acções de formação adequadas, para trabalhadores, dirigentes e voluntários, dando uma melhor resposta de serviços aos nossos utentes e sensibilizar as IPSS para a importância do trabalho em parcerias.

Como caracteriza o nível de participação das filiadas de Bragança?
Relativamente às associadas na União Distrital de Bragança, têm colaborado. A UIPSSDB espera, que continuem a participar e dar o seu contributo de uma forma mais activa para um bom funcionamento da mesma, esperando a filiação na UDIPSS de Bragança das Instituições que ainda não o fizeram.

Como espera que venha a ser o relacionamento da CNIS com a UDIPSS – Bragança?
Espero que se mantenha o bom relacionamento como tem sido ate aqui. Tem sido uma relação de cooperação, aberta na exposição e resolução de problemas e ainda de confiança e solidariedade para, assim, em rede, enfrentarmos as vicissitudes do dia a dia das Instituições.

Como se caracteriza o relacionamento das IPSS com a União que vai liderar?
A UIPSSDB está disponível para prestar qualquer tipo de apoio e informação às nossas associadas sempre que surjam dúvidas por parte das mesmas, pretende fazer reuniões de esclarecimentos relacionados com as IPSS por diferentes zonas do distrito afim de haver uma maior aproximação entre a União Distrital e as Instituições.

Como é que traça o panorama social do distrito de Bragança?
O distrito de Bragança tem elevados índices de desertificação, sobretudo a partir dos anos 60 sofreu um acelerado processo de declínio populacional, acompanhado do envelhecimento da população. Fenómeno que se continua a verificar na actualidade. Um elemento essencial deste processo é a falta de investimento e a escassez de oportunidades de emprego para que as pessoas se fixem e por outro lado não abandonem o distrito. Existem na região redes de apoio sociais, nomeadamente famílias de acolhimento, centros de dia, lares de terceira idade, serviços de apoio domiciliário, para assim dar resposta às necessidades e prestar serviços aos mais carenciados. Contudo, é muito grave o panorama que se avizinha, as respostas sociais no sector solidário não são suficientes para dar guarida aos pedidos e às listas de espera que se verificam nas instituições. A área da terceira idade é a mais fragilizada e é necessário promover respostas mais adequadas para a especificidade de cada situação sendo que a população portuguesa apresenta índices de envelhecimento preocupantes.

E qual é o papel das IPSS nessa realidade?
As IPSS sempre tiveram e continuam a ter um papel extremamente importante na área social. Têm contribuído fundamentalmente no combate à exclusão social. Relativamente ao distrito de Bragança as IPSS, de um modo geral, têm dado resposta às problemáticas sinalizadas no distrito, no entanto, sentem alguma dificuldade em satisfazer em pleno todas as necessidades, devido à falta de recursos humanos e financeiros em determinadas áreas, nomeadamente na área da terceira idade, infância e deficiência.

Que projectos e áreas de intervenção são prioridades para este seu mandato?
Tendo como base a palavra “Acção”, entendida como exercício ou gesto de desenvolvimento, a UDIPSS de Bragança, propõe-se actuar no campo da informação e formação, através de um conhecimento total e de filiação das várias IPSS do Distrito; conceber um espaço próprio com recursos humanos e técnicos eficazes, para o bom desenvolvimento e aperfeiçoamento da UDIPPS Bragança; conceber um levantamento de necessidades das várias IPSS, de forma em paralelo, ir ao encontro das suas necessidades e expectativas; criar meios de partilha de informação de apoio social e jurídico de forma a diminuir as lacunas das tecnologias de informação e incentivar o trabalho em rede de parceria com a UDIPSS de Bragança/ CNIS; alertar para as novas recomendações em vigor; proceder à elaboração de Acções de Formação só para Dirigentes.

Ao nível da formação como é que caracteriza o estado actual dos recursos humanos nas IPSS de Bragança?
A formação é imprescindível para uma melhor gestão e sustentabilidade das Instituições.
É fundamental que todos os funcionários das várias áreas façam uma actualização constante dos seus conhecimentos, para assim melhorar a qualidade dos serviços que prestam. Têm sido realizadas acções de formação promovidas em parcerias com a CNIS. Temos neste momento a desenvolver um projecto FAS – FORMAÇÃO – ACÇÃO SOLIDARIA de igual modo em parceria com a CNIS, IEFP, Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa e o centro de novas oportunidades (Instituto Jean Piaget).

 

Data de introdução: 2009-01-08



















editorial

TRANSPORTE COLETIVO DE CRIANÇAS

Recentemente, o Governo aprovou e fez publicar o Decreto-Lei nº 57-B/2024, de 24 de Setembro, que prorrogou, até final do ano letivo de 2024-2025, a norma excecional constante do artº 5ºA, 1. da Lei nº 13/20006, de 17 de Abril, com a...

Não há inqueritos válidos.

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

A segurança nasce da confiança
A morte de um cidadão em consequência de tiros disparados pela polícia numa madrugada, num bairro da área metropolitana de Lisboa, convoca-nos para uma reflexão sobre...

opinião

EUGÉNIO FONSECA

A propósito do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza
No passado dia 17 de outubro assinalou-se, mais uma vez, o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza. Teve início em 1987, quando 100 000 franceses se juntaram na...