CNIS

Parceria com Montepio Geral a pouco de se concretizar

O padre Lino Maia e António Tomás Correia lideraram uma reunião de trabalho, no Porto, ao mais alto nível entre a CNIS e o Montepio Geral. Objectivo: Construir uma parceria. A proposta do Montepio agradou bastante à CNIS, pelo que é de esperar que, a breve trecho, possa haver um acto formal de assinatura de um acordo entre as partes. No sentido de salvaguardar a posição das IPSS, a CNIS, cujo protocolo que, durante cinco anos, teve com o BES está a terminar, acolhe com grande agrado a proposta do Montepio Geral (MG), até porque, como disse o presidente da CNIS: “Comparativamente, as condições que o Montepio oferece são mais vantajosas do que aquelas que tínhamos em vigor com o outro banco”.
Para o presidente do Conselho de Administração do MG, António Tomás Correia, “foi uma reunião onde procurámos conversar sobre interesses comuns, porque as instituições da Economia Social têm interesses comuns e o Montepio tem-nos com todas as outras instituições”, pelo que, “naturalmente, na discussão desses interesses comuns, encontramos espaço para podermos vir a aprofundar a nossa cooperação”.
“Dentro desse aprofundamento”, o maior representante do sector Mutualista em Portugal – o MG conta já com cerca de 540 mil associados – “disponibilizará, tal como a CNIS, aquilo que sabe fazer”, sustenta António Tomás Correia, acrescentando: “E o que vamos fazer em conjunto será, com certeza, em benefício das instituições associadas na CNIS, mas, e é o mais importante, em benefício das pessoas que essas instituições servem. Admito que venhamos em breve a assinar um protocolo que sirva os interesses das instituições e das pessoas que elas servem”.
Este parece ser mesmo o rumo dos trabalhos entre as partes, que agora serão conduzidos por Eleutério Alves, tesoureiro da CNIS, e Pedro Líbano Monteiro, director do MG, ambos também presentes na reunião que decorreu na sede da CNIS, no Porto.
Com o Montepio Geral a ter grande protagonismo nas Linhas de Crédito promovidas pelo Estado, num valor total de 187,5 milhões de euros (50+100; 12,5+25), em que o Montepio tem uma aposta directa de 125 milhões de euros, a parceria discutida “é para além de…”, afirmou, ao SOLIDARIEDADE, o padre Lino Maia: “Esta proposta é para além de… O Montepio é quem financia a Linha de Crédito dos 50 milhões, enquanto na de 12,5 milhões, para questões de tesouraria, é um dos bancos, não é o único, agora esta proposta que nos apresentou é para além de… Portanto, é para funcionar, certamente, também para crédito, mas para um conjunto de outras situações, porque as instituições permanentemente trabalham com a Banca, onde têm, muitas vezes, as suas parquíssimas economias e onde recorrem para resolver problemas pontuais e momentâneos. A proposta é nesse sentido, dando continuidade ao que fizemos nos últimos cinco anos com outro banco”.
O padre Lino Maia mostrou-se agradado com “a proposta de parceria para, eventualmente, ser celebrado um acordo, uma proposta bastante boa para as instituições de solidariedade, com condições que serão atraentes”.
Isto acarreta uma outra justificação, segundo o líder da CNIS: “O Montepio está bastante a par deste sector, o qual também integra, pelo que conhece e tem responsabilidades com o Sector Solidário. Penso, por isso, que há condições para avançarmos com a parceria e as instituições beneficiarem dela”.

P.V.O.

 

Data de introdução: 2013-02-06



















editorial

NO CINQUENTENÁRIO DO 25 DE ABRIL

(...) Saudar Abril é reconhecer que há caminho a percorrer e seguir em frente: Um primeiro contributo será o da valorização da política e de quanto o serviço público dignifica o exercício da política e o...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Liberdade e Democracia
Dentro de breves dias celebraremos os 50 anos do 25 de Abril. Muitas serão as opiniões sobre a importância desta efeméride. Uns considerarão que nenhum benefício...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Novo governo: boas e más notícias para a economia social
O Governo que acaba de tomar posse tem a sua investidura garantida pela promessa do PS de não apresentar nem viabilizar qualquer moção de rejeição do seu programa.