ALIANÇA DAS CIVILIZAÇÕES

Diálogo entre os povos exige lidar com a questão da diversidade cultural

A Aliança das Civilizações responde à necessidade de lidar com a "séria e complexa" questão da diversidade cultural, disse o ex-Presidente da República, Jorge Sampaio, defendendo como instrumento o chamado “soft power” para avançar no diálogo civilizacional. "A Aliança consolidou-se como um fórum onde isso (a diversidade cultural) pode ser discutido entre vários e diversos participantes", afirmou o alto representante para a Aliança de Civilizações, fazendo um balanço após três dias de trabalhos no Rio de Janeiro.
Segundo Sampaio, "o reforço e o alargamento da Aliança", proposta em 2005 pelo Primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, tendo inicialmente 20 participantes, se deve a um conjunto de iniciativas concretas que estão a surtir efeito.

Esta foi a terceira edição do Fórum, que contou com a participação de sete mil pessoas inscritas, 20 organizações internacionais e cerca de 100 países. "Os países foram convidados por mim há dois anos para fazerem planos nacionais para atacar os problemas da diversidade cultural", explicou.
A partir deste movimento, Jorge Sampaio construiu iniciativas para a elaboração de estratégias regionais. "Há problemas comuns em certas regiões do mundo, e por que é que não se hão de colocar nas regiões algumas destas preocupações?", questionou.
A combinação dos planos nacionais e estratégicos a nível regional "significa que estamos a por de uma forma mais concreta um conjunto de iniciativas que tem a ver com a Aliança das Civilizações", argumentou Jorge Sampaio.

Contudo, o ex-Presidente de Portugal reconheceu que "os problemas são muitos" e defendeu um maior e melhor entendimento das nações para que se avance no diálogo. "Os povos têm que se entender entre si, evidentemente que só isto não chega. É preciso haver soluções políticas, evolução económica, fim da crise financeira, contributos sérios para que a fome vá diminuindo e menos refugiados", frisou.
A Aliança das Civilizações conta com a mais recente adesão dos Estados Unidos. A diversidade cultural, apontou Sampaio, é também um dos "elementos essenciais" para o desenvolvimento sustentável.
O próximo passo para a Aliança é "fazer a gestão desse fórum tão vasto" e continuar os projectos em curso, reforçar parcerias e desenvolver mais estratégias regionais, adiantou o alto representante da ONU. Em 2011, a quarta edição do Fórum será realizada no Qatar e, no ano seguinte, a Áustria deverá acolher o evento.

 

Data de introdução: 2010-06-09



















editorial

SUSTENTABILIDADE

Quando o XXIV Governo Constitucional dá os primeiros passos, o Sector Social Solidário, que coopera com o Estado, deve retomar alguns dossiers. Um deles e que, certamente, se destaca, é o das condições de sustentabilidade que constituem o...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Agenda 2030 e as IPSS
Em Portugal é incomensurável a ação que as cerca de 5 mil Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) existentes, têm vindo a realizar.  As...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

A gratuitidade das creches entre o reforço do setor social e a privatização liberal
 A gratuitidade das creches do sistema de cooperação e das amas do Instituto de Segurança Social, assumida pela Lei Nº 2/2022, de 3 de janeiro, abriu um capítulo novo...