CRECHES

Instituições Particulares de Solidariedade Social dispostas a colaborar

O presidente da Confederação das Instituições de Solidariedade, Padre Lino Maia, considerou "muito importante" o investimento anunciado pelo primeiro-ministro em novas creches e salas do pré-escolar, adiantando que as instituições estão dispostas a colaborar. "Estamos de acordo com a medida. É uma medida muito importante", disse o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), salientando que as instituições "estão dispostas a colaborar no que for preciso".

O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou quarta-feira um investimento de cerca de 100 milhões de euros na construção de novas 75 creches e de mais 760 salas para o sistema pré-escolar nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. Em declarações à Lusa o presidente da CNIS disse que teve conhecimento das medidas na terça-feira numa reunião com o primeiro-ministro José Sócrates.

Apesar de concordar com as medidas, o Padre Lino Maia defendeu que devem ser implementadas medidas complementares para a fixação das populações no interior. "Esta medida abrange só duas áreas metropolitanas, o que não benéfico. Para que esta não seja uma medida avulsa, devem ser tomadas medidas complementares, nomeadamente no que diz respeito aos incentivos à natalidade", afirmou o responsável, chamando a atenção para a necessidade de se combater a desertificação em algumas zonas do País.

O presidente da CNIS considerou também que esta é uma medida que não será possível implementar com êxito no prazo de dois anos, salientando que "há todo um longo processo a percorrer". "As Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) estão dispostas a colaborar, pois têm um património importante no que diz respeito às creches e ao pré-escolar", referiu. Contudo, adiantou o responsável, "para que haja confiança por parte das instituições tem de ser resolvido o problema do ATL [Actividades de tempos livres]". O Padre Lino Maia considera que "se houver um conjunto de boas iniciativas a confiança estará instalada".

No debate quinzenal no Parlamento, o primeiro-ministro defendeu uma política social baseada na colaboração entre Estado, autarquias e sociedade civil, designadamente instituições particulares de solidariedade social e mutualidades. José Sócrates referiu também trata-se de uma nova fase do programa PARES, "dirigida exclusivamente às áreas metropolitanas". "Nesta nova fase queremos construir mais 75 creches, representando 3.850 novos lugares para as crianças até aos três anos, num investimento total de 37 milhões de euros", avançou.

Em relação às novas 760 salas do pré-escolar, Sócrates estimou que irão abranger "mais de 20.000 crianças, fazendo com que a taxa de cobertura das áreas metropolitanas convirja para a média nacional". No que toca a estes investimentos no pré-escolar, o chefe do Governo adiantou que o Quadro de Referência Estratégico Nacional "QREN) "assegurará o financiamento de um terço das salas, entre 2007 e 2013".

14.02.2008

 

Data de introdução: 2008-02-14



















editorial

SUSTENTABILIDADE

Quando o XXIV Governo Constitucional dá os primeiros passos, o Sector Social Solidário, que coopera com o Estado, deve retomar alguns dossiers. Um deles e que, certamente, se destaca, é o das condições de sustentabilidade que constituem o...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Agenda 2030 e as IPSS
Em Portugal é incomensurável a ação que as cerca de 5 mil Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) existentes, têm vindo a realizar.  As...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

A gratuitidade das creches entre o reforço do setor social e a privatização liberal
 A gratuitidade das creches do sistema de cooperação e das amas do Instituto de Segurança Social, assumida pela Lei Nº 2/2022, de 3 de janeiro, abriu um capítulo novo...