CUIDADOS PALIATIVOS

Ministério da Saúde paga 2.550 euros mensais por utente

A diária de um doente numa unidade de convalescença ou nos cuidados paliativos custa ao Estado 85 euros, o que dá 2.550 euros mensais por utente, segundo uma portaria publicada hoje em Diário da República.
O diploma, com efeitos retroactivos a 01 de Julho, tem como objectivo fixar os preços dos cuidados de saúde e de apoio social prestados nas unidades de internamento e ambulatório da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.

Os encargos da prestaçäo de cuidados de saúde säo da responsabilidade do Ministério da Saúde e o utente suporta os custos decorrentes da prestaçäo dos cuidados de apoio social.
O Ministério da Saúde paga 85 euros por utente/dia nas unidades de convalescença e nos cuidados paliativos, 52,38 euros nas unidades de média duraçäo e reabilitaçäo e 17,49 euros nas unidades de longa duraçäo e manutençäo. As unidades de dia e de promoçäo da autonomia dos doentes ficam ao Ministério da Saúde a nove euros diários por cada utente.

Para os utentes, os encargos diários com os cuidados de apoio social nas unidades de reabilitaçäo säo de 18,62 euros e de 28,51 euros nas unidades de longa duraçäo e manutençäo, podendo haver comparticipaçäo da Segurança Social.

Segundo o relatório de monitorizaçäo da experiência da rede de cuidados continuados, mais de 80 por cento dos utentes admitidos na rede tinha mais de 65 anos, sendo que a faixa etária entre os 80 e os 84 anos representou 20 por cento do total.

Apenas 16 por cento dos utentes tinha menos de 65 anos, de acordo com o relatório divulgado este mês.
Só 71 por cento do total das camas da rede de cuidados continuados foi ocupado, restando assim quase 30 por cento por preencher entre Novembro de 2006 e Abril deste ano.

Nas unidades de convalescença, o perfil do utente é de uma pessoa com 74 anos, com diagnóstico de doença cerebral e com estadia mínima de 33 dias.
Nos casos de média duraçäo e reabilitaçäo, a estadia mínima é de 72 dias, sendo também aos acidentes vasculares cerebrais os maiores responsáveis pela presença de doentes.
Nas unidades de longa duraçäo e manutençäo, o principal motivo de internamento mantém-se, mas a estadia média passa a ser de 135 dias.

Quanto aos cuidados paliativos, o perfil do utente é o seguinte: homem ou mulher com 67 anos, com diagnóstico de tumor maligno na traqueia, brônquios, pulmäo ou cólon, com estadia média de 37 dias e alta hospitalar por óbito.

06.09.2007 Com Lusa

 

Data de introdução: 2007-09-06



















editorial

SUSTENTABILIDADE

Quando o XXIV Governo Constitucional dá os primeiros passos, o Sector Social Solidário, que coopera com o Estado, deve retomar alguns dossiers. Um deles e que, certamente, se destaca, é o das condições de sustentabilidade que constituem o...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Agenda 2030 e as IPSS
Em Portugal é incomensurável a ação que as cerca de 5 mil Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) existentes, têm vindo a realizar.  As...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

A gratuitidade das creches entre o reforço do setor social e a privatização liberal
 A gratuitidade das creches do sistema de cooperação e das amas do Instituto de Segurança Social, assumida pela Lei Nº 2/2022, de 3 de janeiro, abriu um capítulo novo...