COVID-19: FEDERAÇÃO PORTUGUESA PARA A DEFICIÊNCIA MENTAL

Não há condições para abrir os equipamentos sociais em 18 de maio

A presidente da Humanitas - Federação Portuguesa Para a Deficiência Mental afirmou que não há condições para abrir os equipamentos sociais na área da deficiência em 18 de maio, como determinado pelo Governo.

"Vemos [esta decisão] com muito desagrado e desconforto. Nunca pensámos que o Governo tomasse uma posição destas relativamente a uma área que é altamente vulnerável, não apenas porque muitos destes jovens têm uma grande vulnerabilidade a nível de saúde, como pelo contágio, porque é uma população que não consegue entender as medidas de isolamento e distanciamento social", disse à agência Lusa a presidente da Humanitas, Helena Albuquerque. 

Segundo a responsável da federação, as instituições estariam à espera de que a abertura dos equipamentos sociais na área da deficiência fosse em 01 de junho, mas, "mesmo assim, seria um pouco cedo".

Porém, nunca a federação pensava que fosse determinada a abertura antes dessa data, vincou.

Os lares estão a funcionar, mas em instituições em que houve casos de covid-19, "os colaborares dos lares foram para casa e os serviços têm sido assegurados por colaboradores dos CAO (centros de atividades ocupacionais)", explicou Helena Albuquerque.

"Grande parte dos colaboradores dos CAO estão a dar apoio nos lares. Não temos as condições mínimas [para abrir os centros de atividades]", salientou, considerando a medida "totalmente desadequada da realidade e mostra um desconhecimento completo do terreno e do que se está a passar nas instituições associadas à deficiência".

A presidente da Humanitas realçou ainda que em 18 de maio se começará a perceber os efeitos das decisões hoje tomadas pelo Governo, sendo que "juntar uma população altamente fragilizada e que não percebe as regras de distanciamento é muito complicado".

Além disso, Helena Albuquerque notou ainda que não está previsto qualquer apoio do Governo para cobrir as despesas na aquisição de equipamento de proteção e na desinfeção dos espaços. 

 

 

 

 

 

Data de introdução: 2020-05-01



















editorial

VIVÊNCIAS DA SEXUALIDADE, AFETOS E RELAÇÕES DE INTIMIDADE (O caso das pessoas com deficiência apoiadas pelas IPSS)

Como todas as outras, a pessoa com deficiência deve poder aceder, querendo, a uma expressão e vivência da sexualidade que contribua para a sua saúde física e psicológica e para o seu sentido de realização pessoal. A CNIS...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Que as IPSS celebrem a sério o Natal
Já as avenidas e ruas das nossas cidades, vilas e aldeias se adornaram com lâmpadas de várias cores que desenham figuras alusivas à época natalícia, tornando as...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Adolf Ratzka, a poliomielite e a vida independente
Os mais novos não conhecerão, e por isso não temerão, a poliomelite, mas os da minha geração conhecem-na. Tivemos vizinhos, conhecidos e amigos que viveram toda a...