REFORMAS

Governo vai combater as reformas antecipadas

O Governo quer impedir reformas antecipadas a cerca de 20.000 pessoas por ano através da reavaliação dos esquemas que facilitam a saída precoce do mercado de trabalho, afirmou o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social. "A política do Governo é de maior exigência para com esquemas facilitadores da saída precoce do mercado de trabalho", sublinhou o ministro José Vieira da Silva, numa entrevista publicada no sábado no Jornal de Notícias (JN).

Salientando que as medidas serão negociadas com os sindicatos, Vieira da Silva sustentou que a idade real de reforma dos funcionários públicos está "claramente abaixo dos 60 anos, não ultrapassando os 58 anos".

Os funcionários públicos podem reformar-se com 36 anos de carreira contributiva e 60 anos de idade, enquanto que no sector privado a idade legal de reforma são os 40 anos de carreira e os 65 de idade.

Na quarta-feira, o primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou como uma das medidas de combate ao défice o aumento da idade de reforma dos funcionários públicos para os 65 anos.

Na entrevista, o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social adiantou que para os funcionários públicos que entraram antes de 1993 haverá "uma transição progressiva".

Para os que ainda não atingiram a idade de reforma haverá uma ponderação na fórmula de cálculo da pensão, tendo Vieira da Silva exemplificado: "quem esteja a dois anos da reforma, terá 36 anos calculados de acordo com as expectativas que tinha e o restante pela nova fórmula".

"Segundo os meus cálculos, se tiver três quartos da sua pensão no regime antigo e um quarto no novo, terá uma quebra de 05 por cento na pensão. É irrelevante", sublinhou o ministro.

Em relação ao sector privado, Viera da Silva afirmou que, em 2004, cerca de um quarto dos trabalhadores que entraram na reforma recorreram a reformas antecipadas.

Actualmente, os trabalhadores sofrem uma penalização de 4,5 por cento do salário por cada ano de antecipação, o que, segundo Vieira da Silva, terá que ser avaliado.

"Defendemos que alguns dos esquemas mais importantes sejam suspensos para avaliação, já prevista desde 1999, mas que nunca foi feita", disse o ministro, acrescentando que "há mais de 50 mil reformados antecipadamente, só por força dessa lei, o que está a ter efeitos perversos na Segurança Social".

Quanto ás alterações a introduzir, Vieira da Silva apenas referiu que o assunto será negociado com os parceiros sociais.


Consultar a entrevista no JN

 

Data de introdução: 2005-06-02



















editorial

O COMPROMISSO DE COOPERAÇÃO: SAÚDE

De acordo com o previsto no Compromisso de Cooperação para o Setor Social e Solidário, o Ministério da Saúde “garante que os profissionais de saúde dos agrupamentos de centros de saúde asseguram a...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Imigração e desenvolvimento
As migrações não são um fenómeno novo na história global, assim como na do nosso país, desde os seus primórdios. Nem sequer se trata de uma realidade...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Portugal está sem Estratégia para a Integração da Comunidade Cigana
No mês de junho Portugal foi visitado por uma delegação da Comissão Europeia contra o Racismo e a Intolerância do Conselho da Europa, que se debruçou, sobre a...