RELATÓRIO AMERICANO

Portugal é um local de destino do tráfico humano

Um relatório do Departamento de Estado norte-americano indica Portugal como um local de destino e de passagem no tráfico de seres humanos, vindos sobretudo do Brasil, mas também da Ucrânia, Moldávia, Rússia, Roménia e África, para exploração sexual e trabalho forçado.

Segundo o relatório, a maioria dessas vítimas identificadas em Portugal é constituída por mulheres brasileiras alvo de exploração sexual, enquanto homens oriundos de países de Leste dominam os casos de trabalho forçado em quintas e construção civil.

O relatório aponta também que Portugal é um ponto de passagem no tráfico de pessoas para outros países europeus.

O documento reconhece que Portugal intensificou a investigação e a perseguição ao tráfico de seres humanos, bem como alguns mecanismos de prevenção. Observa, porém, que as autoridades portuguesas não forneceram o número de infractores condenados e sentenciados em 2008. Em contrapartida, Portugal identificou um número significativo de vítimas desse tipo de crime.

O relatório recomenda que o país melhore os procedimentos de apoio e assistência às vítimas, envolva as organizações não-governamentais na identificação inicial das potenciais vítimas e faça campanhas de sensibilização sobre o tráfico de pessoas e exploração sexual. Recomenda ainda a formação especialistas no combate ao tráfico de pessoas.

O relatório refere que Portugal contempla a punição do crime de tráfico de pessoas no artigo 160 do Código Penal, com penas de prisão de três a 12 anos de cadeia. Segundo o relatório, durante 2008, Portugal investigou 55 casos de tráfico de pessoas e proferiu 57 acusações em casos de exploração sexual e trabalho forçado, envolvendo 190 queixas.

Fonte: Jornal de Notícias

 

Data de introdução: 2009-06-18



















editorial

Atualidades

O projeto-piloto SAD+Saúde foi anunciado e entrou em vigor em outubro de 2025, com o objetivo de integrar o apoio domiciliário com os cuidados de saúde para melhorar a autonomia e dignidade dos utentes. Este projeto reforça a...

Não há inqueritos válidos.

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

O poder local no futuro da ação social
Os vencedores das eleições autárquicas tomarão em breve em mãos o rumo das suas autarquias para os próximos quatro anos. Fazem-no num quadro institucional em...

opinião

EUGÉNIO FONSECA

As IPSS como protagonistas do desenvolvimento local
Com a fusão de freguesias, em muitos lugares do nosso país, as instituições que mais perto ficaram das populações foram a Paróquia, a Sociedade de Cultura,...