Portugal entre oito países onde a natalidade aumentou

Portugal é um dos oito países europeus onde o número de nascimentos aumentou entre 1997 e 2006 graças a comunidade imigrante, indica um estudo publicado pelo instituto alemão Max Planck.
O estudo refere que a imigração levou a uma melhoria dos índices de natalidade em toda a Europa, numa altura em que as percentagens de natalidade em todos os países europeus são baixos demais para manter o actual nível de população no continente.

O documento do Instituto Max Planck de Investigações Demográficas, com sede em Rostock, norte da Alemanha, adianta que em Portugal, Espanha, França, Itália, Áustria, Alemanha, Holanda e no Reino Unido, os imigrantes fizeram aumentar a taxa de natalidade de três para oito por cento entre 1997 e 2006.
Segundo o estudo, o número de nascimentos no norte e ocidente da Europa é mais elevado do que no leste e sul do continente.

Ao chamado nível de substituição da população - 2,1 nascimentos por mulher - só se aproximam, segundo o estudo, a França, Reino Unido, Irlanda e os países nórdicos, onde a natalidade oscila entre 1,8 e 2 filhos.
Os países de língua alemã e outros Estados do centro, este e sul da Europa têm índices de natalidade muito inferiores, nomeadamente entre 1,3 e 1,5 nascimentos, indica o estudo.

A diminuição de nascimentos na Europa é explicada pelos sociólogos pelo facto de as pessoas adiarem cada vez mais a constituição de uma família devido a questões de insegurança laboral e de estudos prolongados.
"Nos países nórdicos, onde a infra-estrutura para o cuidado dos menores está muito desenvolvida e onde os homens assumem com freqüência tarefas no lar, a decisão de procriar é mais fácil", sublinham os investigadores que realizaram o estudo, que será publicado pela revista especializada "Demographic Research".

Segundo os especialistas alemães, a mudança cultural e de valores em relação à constituição de uma família, no norte e no ocidente da Europa nas décadas de 60 e 70 do século XX, conduziu a uma forte queda da natalidade.
O estudo refere, no entanto, que essa tendência se inverteu e a "até agora negativa relação entre a mudança cultural e de valores face aos índices de natalidade adquire um movimento positivo".

Fonte: Diário Digital

 

Data de introdução: 2009-02-18



















editorial

Educação: o pilar da inclusão e da solidariedade

Desde a sua fundação, a CNIS tem vindo a afirmar que a educação é, antes de mais, um direito de todos e um fator determinante para a inclusão social. Nesta edição do Solidariedade, reafirmamos esse compromisso...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Acolhimento de Imigrantes apela ao nosso humanismo pátrio
A entrada de imigrantes, em Portugal, tem sido um dos assuntos mais presentes na agenda do país. Na abordagem política tem predominado mais a ideologia que a defesa incontornável da...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

A responsabilidade política e a crise das urgências
Duas grávidas perderam, com um intervalo de uma semana, os seus bebés depois de procurarem uma resposta de urgência num hospital público.  Num dos casos, segundo o...