II CONGRESSO DA CNIS

Ministra da Educação presente no encerramento

Um dos segredos do êxito da política educativa (na área do ensino pré-escolar) está sem dúvida associado ao facto de terem sido envolvidas as instituições de solidariedade social”, afirmou Maria de Lurdes Rodrigues.

A Ministra da Educação marcou presença na cerimónia de encerramento do congresso e defendeu que as escolas públicas do primeiro e segundo ciclos devem abrir-se à sociedade civil e permitir a realização de actividades que ocupem os alunos nos seus tempos livres. A governante mostrou-se preocupada pelo facto do primeiro ciclo do ensino básico não responder às necessidades das crianças nem das famílias. “É um ciclo abandonado, disperso, mas também reduzido ao mínimo”, afirmou a ministra.

Maria de Lurdes Rodrigues reconheceu que “a resposta às insuficiências do primeiro ciclo dos últimos anos foi encontrada na iniciativa das instituições de solidariedade social ou outras instituições da sociedade civil”. Apesar de hoje existir uma rede vasta de equipamentos que possibilitam às crianças a ocupação dos tempos livres, os denominados ATL’s, continua a ser uma rede insuficiente, cobrindo apenas 25% das alunos do primeiro ciclo.

A escola deverá ser a primeira a dar resposta a estas necessidades, existindo já muitas infra-estruturas com equipamento adequado que podem responder a esta carência. “A escola tem que estar aberta e disponível para proporcionar enriquecimento curricular às crianças”, disse a governante. Sublinhou ainda que “as crianças a partir das três da tarde têm que continuar a ser da responsabilidade da escola mesmo que sejam outras instituições a dar-lhes o enquadramento curricular, através de parcerias público-privadas.

“Todos os agentes serão poucos para cumprir este desafio”, afirmou Maria de Lurdes Rodrigues, considerando que o actual quadro conduz a que as opções de ocupação dos tempos livres dos alunos se reduzam “à televisão ou à rua”. Terminou a sua intervenção fazendo um apelo à colaboração entre Ministério da Educação, autarquias, ATL’s e todas as instituições da sociedade civil para concretizar os projectos educativos das escolas.



 

Data de introdução: 2006-02-12



















editorial

Comunicar é tornar comum

A partilha de informação remonta à origem latina de comunicar, que também apela à participação, sendo a comunicação um processo de tornar comum algo entre as pessoas, a troca de experiências e de...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Agora, que os eleitos só pensem no bem comum
Sou um político resiliente, sem nunca ter sentido a necessidade de me envolver na política ativa. Quero dizer que, há mais de cinquenta anos, fiz a opção de viver a minha...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

A caracterização racial é racismo estrutural
Três amigos chegaram ao aeroporto de Lisboa, vindos de um voo intercontinental, com a quantidade de bagagem de umas férias relativamente longas. Duas das pessoas no grupo eram caucasianas, uma...