MIGRAÇÃO

Mal tratados, mal vistos e explorados

O Conselho Regional das Comunidades Portuguesas na Europa chamou a atenção para a exploração da mão-de-obra migrante, a perda de direitos sociais e humanos e a tendência para o agravamento da xenofobia e do racismo.

"Na complexa realidade europeia encontramos inúmeros e diversificados motivos de preocupação com a evolução do sistema de liberalização desenfreada, a consequente exploração da mão de obra migrante, a perda de direitos sociais e humanos, a tendência para o agravamento dos nacionalismos, da xenofobia e do racismo", alerta o Conselho Regional das Comunidades Portuguesas na Europa (CRCPE) num comunicado para assinalar o Dia Internacional dos Migrantes, que se comemora este domingo.

Os conselheiros da Europa lamentam ainda a "tendência em transformar a imagem dos imigrantes em possíveis terroristas". No comunicado, o CRCPE relembra os acontecimentos em Ceuta e Mellina, a revolta dos jovens em França, a insegurança dos operários portugueses que trabalham em Espanha e os ataques racistas contra os emigrantes no Reino Unido, Irlanda e Holanda.

Os membros do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) criticam os vários modelos de integração das comunidades migrantes, sublinhando que os "portugueses residentes nos vários países da Europa são cidadãos europeus, mas ainda não deixaram de ser imigrantes".

Também o Conselho Regional das Comunidades Portuguesas na Europa apela para que Portugal e os restantes países da União Europeia ratifiquem a convenção da ONU para a protecção dos direitos dos imigrantes e das suas famílias.

Actualmente há 192 milhões de migrantes legais em todo o mundo, dos quais cinco milhões são portugueses. O Conselho das Comunidades Portuguesas é um órgão de consulta do Governo para as questões da emigração, composto por 96 conselheiros espalhados pelo mundo e tutelado por um conselho permanente constituído por 15 elementos.

O CCP está dividido em secções locais e regionais, fazendo parte da Europa 40 conselheiros.

17.12.2005

 

Data de introdução: 2005-12-28



















editorial

NO CINQUENTENÁRIO DO 25 DE ABRIL

(...) Saudar Abril é reconhecer que há caminho a percorrer e seguir em frente: Um primeiro contributo será o da valorização da política e de quanto o serviço público dignifica o exercício da política e o...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Liberdade e Democracia
Dentro de breves dias celebraremos os 50 anos do 25 de Abril. Muitas serão as opiniões sobre a importância desta efeméride. Uns considerarão que nenhum benefício...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Novo governo: boas e más notícias para a economia social
O Governo que acaba de tomar posse tem a sua investidura garantida pela promessa do PS de não apresentar nem viabilizar qualquer moção de rejeição do seu programa.