Foi sob a ameaça de chuva que a Chama da Solidariedade chegou a Mértola para dar início ao périplo pelo distrito de Beja, que acolhe, este ano, a XVIII Festa da Solidariedade na Casa da Cultura, já na próxima sexta-feira (dia 24).
No entanto, os poucos e suaves pingos de água que caíram não foram suficientes para apagara a flama solidária e mais pareceram uma bênção.
Do quartel dos Bombeiros Voluntários de Mértola, e escoltada por uma brigada da GNR, uma pequena caravana apeada levou a Chama da Solidariedade pelas artérias da vila alentejana até à Santa Casa da Misericórdia de Mértola, uma fiel e de longa data associada da CNIS.
Aí, várias dezenas de utentes da ERPI da Santa Casa, a que se juntaram outros de instituições de concelhos vizinhos, como de Ourique e de Almodôvar, a tocha solidária foi recebida com grande entusiasmo.
O provedor José Rosa lembrou que “a Santa Casa de Mértola é das poucas associadas da CNIS”, elogiando o trabalho feito pela Confederação e agradecendo a ida da Chama à instituição que lidera.
Depois de Eleutério Alves, vice-presidente da CNIS, sublinhar que “as IPSS tornam Mértola melhor”, Conceição Casanova, presidente da UDIPSS Beja, depois de explicar a iniciativa, referiu que, 2025, “foi um ano difícil para organizar a Festa, por causa das eleições autárquicas”.
“No entanto, com o esforço de todos, estamos a fazer o melhor possível. O ideal era passar pelos 14 concelhos do distrito, mas é impossível!”, afirmou, acrescentando: “Esta é uma festa simbólica e pequenina, mas muito importante para dar a conhecer o trabalho que se faz nas instituições e o trabalho que os nossos trabalhadores fazem, pelo qual bem merecem ser reconhecidos”.
Pela autarquia de Mértola, o vereador Luís Reis deixou um agradecimento a todos os envolvidos, na organização e na participação, na iniciativa, aproveitando a ocasião para enviar um recado ao poder central: “As atualizações do salário mínimo, mais do que justas e necessárias, necessitam de correspondência por parte do Governo, pelo que tem de enviar mais dinheiro para as instituições”.
Após o momento institucional, o grupo de Dança Sénior da Ludoteca Itinerante, um projeto da Misericórdia de Mértola, apresentou-se, conseguindo envolver de forma entusiástica a plateia.
Aí, destaque para a protagonista do dia – eleita pela equipa que acompanha a Chama e o Solidariedade –, a dona Elvira Correia que, nos seus 79 anos, não negou um pé de dança quando a música da Dança Sénior animou as hostes.
Utente da ERPI da Santa Casa da Misericórdia de Mértola, Elvira Correia foi uma lufada de ar fresco numa plateia já de si bastante animada.
“Gosto muito de dançar”, confessou ao Solidariedade.
Esta terça-feira, a Chama da Solidariedade ruma a Odemira, para mais um momento singular.
Pedro Vasco Oliveira (texto e fotos)
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