RESPOSTA NOS INCÊNDIOS DE AGOSTO COMPROVAM A PREPARAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES

IPSS continuam a ser portos de abrigo apesar da proximidade das chamas

Agosto de 2025 fica para a história dos incêndios rurais em Portugal, como o ano em que mais área de floresta, matos e zonas agrícolas ardeu. Foram mais de 234 mil hectares!
De norte a sul do país, o drama dos incêndios florestais voltou a repetir-se, novamente de forma intensa e ameaçadora, tendo ceifado vidas a quem os combatia e causando milhões de euros de prejuízos.
Uma vez mais, as IPSS mostraram ser porto de abrigo seguros para quem acolhem, mas também para quem na comunidade precisa de ajuda. Pelo pequeno périplo que o SOLIDARIEDADE fez pelas zonas afetadas pelos incêndios de agosto, é evidente que, apesar de as labaredas quase lamberem as paredes das instituições, bombeiros e proteção civil considera-as, na maioria das situações, os lugares mais seguros para as pessoas que ali residem e até para outras que, tendo de ser evacuadas de suas casas, necessitam de abrigo contra o fogo.
Em todas as instituições que estiveram na linha do grande incêndio que começou a lavrar, no dia 13, na Aldeia de Piódão, concelho de Arganil, lavrou durante vários dias, queimou milhares de hectares atravessando os concelhos de Pampilhosa da Serra e Oliveira do Hospital, tudo no distrito de Coimbra, seguindo para Seia (Guarda) e prosseguindo em direção à Covilhã, a Castelo Branco e ao Fundão (Castelo Branco).
Na aldeia de Avô, concelho de Oliveira do Hospital, apesar do fogo ter chegado muito perto das instalações da Sociedade de Defesa e Propaganda de Avô – IPSS que tem uma ERPI (67 utentes), um SAD (20) e um Centro de Dia (2) –, tendo inclusive queimado um terreno na encosta fronteira à instituição onde está previsto fazer uma ampliação do lar, o equipamento social esteve sempre seguro.
“A instituição estava devidamente protegida, estávamos previamente preparados para isso, porque era previsível com a evolução do incêndio já ao longo de uns dias antes e preparámo-nos para o que pudesse acontecer”, conta Manuel Nunes, presidente da instituição de Avô, relatando: “Não foi necessário retirar os utentes da instituição e foi quase um dia normal. O lar continuou a funcionar de forma normal, apenas por precaução com o estado psicológico dos utentes, foram encaminhados para um espaço mais limitado e controlado, onde estavam também a assistente social, as enfermeiras, a diretora técnica”.
Apesar da proximidade das chamas, não foi necessário evacuar nenhum utente, só não foi possível as equipas do SAD deslocarem-se às casas dos utentes para levar a comida, “porque o fogo não permitia”.
“A envolvente do incêndio é que perturbou o funcionamento da instituição, se bem que tivemos o cuidado de isolar o máximo possível os utentes para que não se apercebessem disso mesmo. Estiveram tranquilos e só se aperceberam da realidade no dia seguinte”, refere Manuel Nunes.

CERDEIRA

Na Cerdeira, concelho de Arganil, junto à Serra do Açor, o incêndio começou na aldeia de Mourísia, no dia 14, e logo aí, os responsáveis pela Casa do Povo de Cerdeira e Moura da Serra ficaram alerta, porque havia a forte possibilidade de a instituição ter de receber pessoas deslocadas pelo incêndio.
“No início contactaram-nos para recebermos umas pessoas da aldeia e outras que lá estavam de férias, porque nesta altura do ano há muita gente de fora. São as festas das aldeias e, por exemplo, Mourísia tem 15 habitantes, mas estavam lá 50. Porém, já não foi possível evacuar essas pessoas, porque o fogo rodeou a aldeia”, começa por dizer Carla Almeida, presidente da instituição, que tem uma ERPI (25), um SAD (21) e um Centro de Dia (8), que acrescenta: “O fogo chegou aqui no dia 15, mas na véspera já recebemos pessoas, que seriam de Moura da Serra e de Mourísia, porque as pessoas mais debilitadas foram retiradas ainda antes da chegada do incêndio”.
“Como vivemos o incêndio de 2017, já estávamos com outra noção de como é que as coisas podiam correr e precavemo-nos muito antes dele aqui chegar. Por exemplo, a diretora-técnica acabou por ir às compras e comprar mais mantimentos do que os que seriam necessários para o quotidiano, porque podíamos ter de receber pessoas. Isto foi algo que não fizemos em 2017, porque foi tudo tão rápido que não deu tempo para nada”, revela Carla Almeida.
Apesar de os idosos estarem um pouco apreensivos, a instituição tudo fez para que o dia dos idosos fosse o mais normal possível, “para que não se apercebessem muito do que se passava”.
“No entanto, havia funcionárias assustadas, pessoas que têm casas por aqui que estavam preocupadas e havia pessoas que não são de cá e que estavam muito assustadas, porque nunca tinham vivido uma coisa assim”, conta a presidente, sublinhando: “Se as autoridades o tivessem decidido, o lar teria sido evacuado, mas nós, Direção da Casa do Povo, consideramos que não há nunca a necessidade de evacuar os utentes. Primeiro, porque a instituição tem um declive muito grande para o terreno da parte de baixo, pelo que o edifício, por si só, está muito mais alto do que qualquer vegetação. Se se fecharem portas e janelas, isolando-se tudo, as pessoas estão perfeitamente seguras aqui dentro, porque não há floresta diretamente encostada. Já em 2017 recebemos muitas pessoas porque as autoridades consideram que a instituição é segura”.
E na verdade as chamas chegaram mesmo junto à parede detrás da instituição, mas a altura a que o edifício está, é quase impossível, porque não havia árvores, o fogo chegar às instalações. Mas fica sempre o susto.
“Em termos de planeamento foi mais fácil do que em 2017, mas também já tínhamos noção do que poderia vir a acontecer e a instituição estava disponível para receber quem necessitasse”, sustenta Carla Almeida, referindo que a instituição tem um salão, onde foram colocados alguns colchões e umas camaratas da Cruz Vermelha, onde acabou por receber 10 pessoas.
“Estávamos preparados para receber mais pessoas, porque, inicialmente, disseram-nos que seriam umas 50, mas foram apenas 10”.
No entanto, a meio da noite foi tomada a decisão de evacuar essas 10 pessoas para outro local.
“Cerca das quatro da manhã, vimos o fogo a avançar, as chamas descontroladas e achámos por bem levar as 10 pessoas para Coja, porque essas pessoas iam ficar ainda mais assustadas. Eram pessoas mais novas, que estavam na zona de férias, não sabem o que é um incêndio florestal e assustam-se muito mais. Foi uma decisão correta e sensata”, relata Sandra Fernandes, diretora-técnica.
Também aqui, o apoio domiciliário foi afetado, porque as chamas impediam que as equipas das instituições se deslocassem.
“Como não podíamos passar para a serra, onde está a maioria dos nossos utentes, focámo-nos nos utentes da Cerdeira. A ideia era levar-lhes a alimentação a esses utentes, mas o incêndio rodeou-nos e não conseguimos sair. Enquanto tive telefone, liguei a todos os utentes do Centro de Dia e a cerca de metade dos do SAD para avisar que não conseguíamos ir levar o almoço. Entretanto, ficámos sem eletricidade, sem telefone e sem internet, mas assim que conseguimos sair, por volta das 15h30/16h00, fomos levar o almoço aos da Cerdeira, porque aos outros não conseguíamos chegar”, lembra Sandra Fernandes.

VIDE

Prosseguindo o seu inexorável caminho de destruição, o incêndio, que começou em Piódão, chegava ao concelho de Seia.
Na zona das aldeias de Vide e de cabeça, as coisas estiveram igualmente complicadas, com o fogo a rodear os povoados. No olho do furacão, a Associação de Promoção Social dos Habitantes da Freguesia de Vide, IPSS que acolhe 21 idosos em ERPI (Lar Dª Guiomar Almeida Santos).
Ana Carolina Duarte, que, entretanto, cessões funções como diretora-técnica da instituição de Vide, lembra que no dia 14 o incêndio, que na véspera estava em Piódão, “criou um grande alvoroço porque estava mesmo muito perto, pois via-se o clarão enorme, os utentes começaram a ficar agitados, alguns a receber telefonemas de familiares a dizerem-lhes que o fogo andava aqui perto e, depois, os helicópteros carregavam água no rio, que é mesmo por baixo do lar”.
Sem a equipa completa, porque algumas funcionárias não foram trabalhar para poder proteger as próprias propriedades ou porque não conseguiam passar, mesmo assim tudo foi feito para que os idosos não percebessem muito bem o que se passava.
Também em Vide, não houve necessidade de evacuar os utentes do lar, “até porque a Proteção Civil considerou que o lar era o sítio mais seguro para as pessoas”, apesar de o fogo ter andado bem perto da instituição. Ainda assim, a instituição ainda acolheu uma idosa, de Foz de Égua, e que ficou no lar durante uma semana.
No dia 15 de agosto, provavelmente, o pior dos longos e demorados dias de incêndio, as coisas complicaram-se.
“A partir da hora de almoço, ficámos aqui como muito fumo, o fogo chegou pela parte detrás da instituição e, logo depois, já estava também na frente e por todos os lados”, conta Inês Brito, atual diretora-técnica da Associação de Vide, acrescentando: “Entretanto, chegou um carro dos Bombeiros de S. Romão, que ligado à nossa boca de incêndio esteve a ajudar-nos. Nós também andávamos com mangueiras a fazer o possível, enquanto os idosos se mantiveram no interior da instituição. A nossa preocupação era também com o material de obra que estava na instituição, inclusive um gerador cheio de combustível, para a ampliação do lar que está a decorrer”.
“Foi uma tarde agitada e os idosos também estavam um pouco agitados, principalmente os que andam e se aperceberam mais do que se passava”, recorda Inês Brito, apontando como único dano o derretimento da conduta do furo de água, que a instituição tem para situações de emergência.
Outra consequência foi os demorados quase 15 dias que a instituição esteve à espera para ter telecomunicações.
Como refere Rui Reis, presidente da União Distrital das IPSS da Guarda, no distrito “houve sempre muita preocupação e cuidado com as IPSS por parte das autoridades, como os bombeiros e a proteção civil.

UNHAIS DA SERRA

Antes de chegar ao concelho de Castelo Branco, o incêndio entrou no concelho da Covilhã, onde devastou muito território.
Ainda assim, no Centro Social Cultural de Santo Aleixo, em Unhais da Serra, “os utentes estiveram sempre tranquilos, porque o fogo andava bastante distante do lar”, afirma Maria Eugénia Soeiro, presidente da instituição, destacando: “No entanto, houve um cuidado muito grande dos Bombeiros e da Proteção Civil, que estiveram connosco até às quatro da manhã”.
Foi no dia 20, uma semana depois de ter começado em Piódão, que o fogo mais assustou Unhais da Serra.
“Toda a gente estava muito apreensiva, porque as chamas viam-se, eram muito altas e circundavam a povoação. Os utentes estavam apreensivos, mas tranquilos, e permaneceram sem ir para a cama até às 23h30. Por outro lado, já tínhamos ambulâncias para a eventualidade de termos de evacuar os acamados”, conta, explicando: “Como a instituição tem dois pisos, os acamados ficaram no rés-do-chão para facilitar uma eventual evacuação. O fogo era medonho de ver ao longe”.
Aqui, o SAD não foi afetado e, na noite do incêndio, as equipas da instituição visitaram todos os utentes: “Estavam todos a dormir, portanto, tranquilos”.
A líder da instituição realça ainda a solidariedade de outras instituições sociais, entre as quais a Santa Casa da Misericórdia da Covilhã, que ofereceu ajuda e acabou por disponibilizar uma psicóloga para conversar com os utentes do Centro Social.
Como podemos constatar, as IPSS são, de facto, lugares seguros, com as autoridades a comprovarem-no, considerando-as os locais mais seguros para qualquer evacuação de populares cujas casas estejam em perigo.
Ainda assim, houve necessidade de algumas instituições terem de ser evacuadas. No entanto, apenas dois lares tiveram de ser evacuados, em agosto. Em meados do mês, no concelho de Aguiar da Beira, um lar em Quinta de Açores foi evacuado, quando o concelho estava a ser fustigado por dois incêndios.

S. MARTINHO DE ANTA

Mas a primeira evacuação de uma IPSS, aconteceu logo no dia 2 de agosto, em S. Martinho de Anta, concelho de Sabrosa, que seria ainda, ao longo do mês castigado por mais dois incêndios.
Eliana Moreira estava há um dia de férias e longe de S. Martinho de Anta, quando foi alertada por uma notícia na televisão de que as chamas estavam a aproximar-se da Associação Miguel Torga, IPSS que tem uma ERPI (19 utentes), SAD (50) e Centro de Dia (6).
De imediato entrou em contacto com quem estava na instituição, ajudando a agilizar a implementação do plano de contingência.
“Ter um plano de contingência é fundamental, faz toda a diferença, até para a organização das equipas. Para quem estiver na linha da frente, saber o que tem de fazer, quem tem de contactar, etc. é fundamental”, conta a diretora-técnica da Associação.
Durante a tarde, quando a enfermeira esteve na instituição, como já tinha consciência de que o fogo andava perto da comunidade, preparou um kit de medicação extra para todos os utentes. “Parecendo que não, isso é logo uma grande ajuda em situações destas”, afirma Eliana Moreira.
O fogo andava na zona desde as 14h00, ainda em S. Cibrão, localidade onde começou. Devido às projeções provocadas pelo vento, chegou à freguesia de S. Martinho de Anta vindo de Garganta e Anta, varrendo a parte norte da freguesia.
Quando às 22h00 se inicia a evacuação dos utentes da ERPI, o fogo já estava junto às instalações da instituição.
Como o SOLIDARIEDADE pôde verificar in loco, as chamas estiveram a cerca de cinco metros do lar e lambeu, mesmo, o muro circundante da creche da instituição, que fica do outro lado da estrada, tendo ainda queimado um toldo no recreio. Com as chamas já pertíssimo da ERPI, entre outras intervenções dos bombeiros e das autoridades, uma máquina de rasto criou uma faixa de contenção nas traseiras da instituição, acabando as chamas por não avançar naquele sentido.
Dada a ordem de evacuação, tudo decorreu de forma exemplar, segundo a diretora-técnica.
“A aproximação das chamas e o fumo deixou as pessoas mais apreensivas. No entanto, a nossa enfermeira deu indicações para não ser dada medicação para dormir aos utentes, que estavam concentrados na sala de convívio. Às 22h00 foi dada a hora de evacuação e o processo liderado pela nossa auxiliar de ação direta Paula Catarino”, conta, deixando dois elogios rasgados: “Em toda esta situação, valeu muito a minha equipa de colaboradoras, porque só estavam duas ao serviço, mas conseguimos juntar aqui uma equipa de seis. A equipa da cozinha acabou o turno, mas não foi embora, ficou aqui para ajudar, tal como a equipa do apoio domiciliário. Por outro lado, a adesão musculada da comunidade foi espetacular. O facto de eu estar à distância e ter pedido a pessoas amigas para virem à instituição ajudar, na verdade é que estava aqui muita gente para o que desse e viesse. E isso viu-se na rapidez com que os utentes foram retirados, alguns deles dependentes. Houve uma adesão muito grande da comunidade”.
No processo de evacuação dos 18 utentes (um estava de férias com a família), os idosos foram levados para o pavilhão de Paços, onde, depois, foram triados os casos mais complicados, em especial por causa das doenças respiratórias, e oito deles foram transferidos para a Santa Casa da Misericórdia de Sabrosa. Entretanto, dois foram levados pelas famílias, tendo os restantes oito permanecido no pavilhão. A este grupo juntaram-se duas senhoras que haviam sido evacuadas da serra para a instituição.
Apesar do incêndio, os utentes do SAD não foram afetados, tal como os do Centro de Dia, que tinham saído na sexta-feira e regressaram logo na segunda-feira de manhã. Já os utentes do lar foram chegando ao longo do dia de domingo, porque a situação mais complicada fora no sábado.
“Os serviços nunca pararam, porque tínhamos condições para tal. A cozinha continuou aberta e, assim, pudemos continuar com o apoio domiciliário. Aliás, no domingo a cozinha acabou por confecionar as 50 refeições para os nossos utentes do SAD e ainda o almoço para os utentes do lar que regressaram de manhã do pavilhão. Os que estavam na Santa Casa almoçaram lá e vieram durante a tarde”, conta Eliana Moreira, que relata ainda a hospitalização de um utente, face aos problemas respiratórios de que habitualmente já sofre.
“A forças da autoridade e os bombeiros estiveram muito bem, mas a comunidade foi espetacular. Há um lar privado de Vila Real que veio ao pavilhão dar apoio, levando fraldas, comida e colocaram colaboradores deles junto aos nossos utentes”, revela, sublinhando: “Foi uma mobilização tão musculada que nunca se viu, parecia que estava ensaiada, mas não estava”.
No dia 16 de agosto, quando os incêndios estavam ao rubro em várias regiões do país, o presidente da CNIS solidarizou-se com os afetados, lembrando que “todos vivemos dias de alerta, ansiedade e medo”.
“Os dirigentes das instituições de solidariedade, em geral, e os das zonas mais atingidas pelos incêndios, em particular, têm estado e continuarão a estar vigilantes e ativos na defesa dos seus utentes e têm cooperado diligentemente com as autoridades para encontrar soluções de emergência em muitas situações”, destacou o padre Lino Maia, numa nota enviada à Comunicação Social, rematando: “A CNIS solidariza-se com todos esses dirigentes e está em comunhão na sua resiliência e na esperança de um necessário e rápido desanuviamento da situação”.
Na proteção de quem está a seu cargo, mas também disponibilizando ajuda e acolhimento a quem necessita de abrigo porque as chamas os expulsaram das suas casas, as IPSS, por todo o País, continuam a ser um local seguro para as populações, a quem as comunidades locais não negam ajuda e que as autoridades têm sempre como alvo da sua atenção, mas também olham as instalações das instituições com condições que garantem a segurança de pessoas a evacuar de suas casas.

Pedro Vasco Oliveira (texto e fotos)

 

Data de introdução: 2025-09-09



















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