Setembro é o Mês Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer e as instituições que tentam diariamente mitigar os efeitos e consequências da doença desdobram-se em iniciativas.
As Obras Sociais de Viseu e a Alzheimer’s Disease International (ADI) iniciaram o Mês Mundial do Alzheimer com uma mensagem simples: basta perguntar.
Assim, durante o mês de setembro, as Obras Sociais de Viseu participam numa campanha global de consciencialização, em Portugal com hashtags #PergunteSobreAlzheimer e #PergunteSobreDemência, incentivando as pessoas a falarem mais abertamente, procurarem aconselhamento médico mais cedo e conhecerem os factos sobre a demência.
Embora a demência esteja a caminho de se tornar uma das principais causas de morte em Portugal, continua a ser mal compreendida.
Pesquisas mostram que quatro em cada cinco pessoas – e dois terços dos profissionais de saúde – ainda acreditam, erradamente, que a demência é uma parte normal do envelhecimento.
Essa ideia equivocada, somada ao estigma e ao silêncio, atrasa o diagnóstico e bloqueia o acesso a tratamento e apoio, deixando milhões de famílias em dificuldades.
“Apostamos, ano após ano, em iniciativas de combate ao estigma que contribuam para a construção de uma Comunidade Amiga na Demência. Este ano é muito especial, pois concretizámos o sonho de uma década, abrindo as portas à comunidade do Longevidade: Centro Para a Qualidade de Vida”, afirma José Carreira, presidente das Obras Sociais de Viseu, revelando: “Vamos dar início ao projeto Viseu Comunidade Amiga na Demência, financiado pelo Portugal Inovação Social, que conta com o apoio do município de Viseu e do BPI. Estamos muito entusiasmados com o Espaço ID Memória Futura que, em parceria com a Associação Cultural Intruso, oferecerá, no Fórum Viseu, uma agenda vasta de atividades, entre performances, exposições, colóquios e workshops”.
As Obras Sociais de Viseu e a ADI deixam um apelo a indivíduos, comunidades, profissionais de saúde e da área social e governos para que tomem medidas.
“As conceções erradas e o estigma continuam a ser algumas das maiores barreiras ao diagnóstico, tratamento e cuidados oportunos. Ao fazer as perguntas certas, ouvir pessoas com experiência de vida e partilhar informações precisas, cada um de nós pode contribuir para a criação de sociedades mais solidárias e inclusivas, em relação à demência”, lê-se na nota emitida pelas duas entidades, que termina com um incentivo.
“A mensagem é simples: não se calem!”.
INAUGURAÇÃO
No passado dia 2 de setembro, na presença do presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, parceiros e amigos, as Obras Sociais de Viseu inauguraram uma nova resposta para a comunidade: Longevidade. Centro para a Qualidade de Vida.
Esta nova resposta pretende ser mais abrangente e trabalhar em cinco pilares base: Apoio à pessoa com Alzheimer e outras Demências; Envelhecimento Ativo e Saudável; Espaço Família; Formação e Consultoria Especializada; e Bem-estar e Felicidade.
Porque um diagnóstico oportuno será mais facilmente alcançado, através da compreensão dos sinais de alerta da demência, todos devem estar atentos a alguns sinais, como perda de memória, dificuldade para realizar tarefas da vida diária, problemas de linguagem, etc..
José Carreira sublinha “a importância de se conhecer os sinais de alerta e os fatores de risco, associados à demência”.
Nesse sentido, as Obras Sociais de Viseu vão apostar, mais uma vez, em exposições como a «Sinais de Alerta – Alzheimer e outras Demências», em parceria com o município de Viseu, e workshops que informem sobre os fatores de risco a ter em conta para a manutenção de um estilo de vida saudável.
Não há inqueritos válidos.