XVI FESTA DA SOLIDARIEDADE – PORTALEGRE 2023

Viagem da Chama partiu de Sousel, rumou a Avis e terminou primeira etapa em Ponte de Sor

“Juntos vamos confirmar/Que é preciso dar a mão/Pois a força é feita de união/Vamos acender e acesa manter/A Chama da unidade/E da Solidariedade”.
Foi com esta mensagem que a Chama da Solidariedade foi recebida, esta segunda-feira, em Sousel, localidade que acolheu o facho solidário no arranque do périplo que, até sexta-feira, o levará aos 15 concelhos do distrito de Portalegre. A capital de distrito será anfitriã da Festa da Solidariedade no sábado (dia 14), momento em que terminará a 16ª edição do evento que pretende dar maior visibilidade às IPSS e ao trabalho que diariamente desenvolvem em prol dos que cuidam, sejam crianças, idosos, deficientes ou pessoas desfavorecidas.
Assim, arrancou mais uma edição da Festa da Solidariedade com o início da viagem da flama solidária das IPSS pelo distrito de Portalegre. Constituído por 15 concelhos e sendo um dos maiores distritos de Portugal, Portalegre é o distrito que mais população perdeu, segundo o Censos de 2021, registando uma quebra de 15% de pessoas desde 2011.
No entanto, com uma presença muito forte de IPSS, a coesão social vai sendo assegurada apesar de ser um território vasto, pouco populoso e, especialmente, muito envelhecido. E sendo o grande propósito da Chama da Solidariedade dar visibilidade ao bom trabalho que as instituições fazem no terreno, a viagem pelo distrito de Portalegre é mais do que oportuna e importante.
Em Sousel, o edil Manuel Valério lembrou que “as IPSS passam dificuldades e deviam ser autossustentáveis”, por isso, “dentro das poucas possibilidades da autarquia”, a Câmara Municipal vai apoiar as instituições do concelho na compra de veículos elétricos, cobrindo a diferença entre os 25 mil euros patrocinados pelo programa de financiamento europeu e o valor da viatura, “a todas as instituições que se tenham candidato” ao mesmo.
Por seu turno, João Carlos Laranjo, presidente da UDIPSS Portalegre, sublinhou a intenção da União é “dignificar o trabalho feito pelas instituições do distrito”, daí ter-se disponibilizado para acolher o evento, lançando um desafio às muitas crianças, idosos e jovens que marcaram presença junto ao pavilhão municipal de Sousel, e que repetiu nas duas visitas seguintes da Chama, para que nas instituições refletissem sobre o conceito da Solidariedade e, em especial, os mais novinhos descobrissem, em ambiente de sala, que descobrissem o que é a solidariedade com a ajuda dos seus professores.
Após um momento de animação musical e alguns momentos de dança, a flama solidária rumou até Avis.
Desbravados vários quilómetros de estrada ladeados por olival e um calor intensíssimo, o facho da solidariedade “iluminou” o largo fronteiro aos paços do concelho, onde um grupo da Santa Casa da Misericórdia de Avis já animava as hostes com os seus cantares tradicionais.
“Juntar a comunidade em torno do conceito da solidariedade é importante e este evento tem um forte e particular simbolismo pelo que as IPSS representam e pela visibilidade que lhes dá”, afirmou Nuno Silva, presidente da Câmara Municipal de Avis, antes de mais um momento musical, perante o olhar (e ouvido) atento das crianças de Avis ali presentes.
Seguiu-se mais uma viagem, de cerca de meia hora, até Ponte de Sor. Ali, a festa durava desde o início da tarde, com a presença de muitos utentes de valências da infância à terceira idade, não esquecendo aquelas pessoas especiais que tanto colorido conseguem emprestar às vidas dos que não são… tão especiais.
“Temos que mostrar o bem que se faz nas nossas instituições”, começou por dizer Eleutério Alves, vice-presidente da CNIS e grande impulsionador da Festa e Chama da Solidariedade, perante uma plateia lotada e entusiástica, rematando: “Para que se perceba qual é o trabalho que as instituições fazem em prol das populações”.
Hugo Hilário, edil de Ponte de Sor, corroborou a ideia do «vice» da CNIS, sustentando que o Município se sente “reconhecido pela excelência dos equipamentos sociais do concelho, mas principalmente pelo desempenho das instituições sociais do concelho”, deixando um desafio: “Vamos aproveitar estes momentos para nos sentirmos mais felizes”.
A Chama da Solidariedade segue, esta terça-feira, pelos concelhos de Fronteira, Alter do Chão e Monforte.

Pedro Vasco Oliveira (texto e fotos)

 

Data de introdução: 2023-10-10



















editorial

O COMPROMISSO DE COOPERAÇÃO: SAÚDE

De acordo com o previsto no Compromisso de Cooperação para o Setor Social e Solidário, o Ministério da Saúde “garante que os profissionais de saúde dos agrupamentos de centros de saúde asseguram a...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Imigração e desenvolvimento
As migrações não são um fenómeno novo na história global, assim como na do nosso país, desde os seus primórdios. Nem sequer se trata de uma realidade...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

Portugal está sem Estratégia para a Integração da Comunidade Cigana
No mês de junho Portugal foi visitado por uma delegação da Comissão Europeia contra o Racismo e a Intolerância do Conselho da Europa, que se debruçou, sobre a...