ROTASS - REDE OPERACIONAL E TÉCNICA DE APOIO AO SETOR SOLIDÁRIO

Plataforma está funcional e aguarda contributos das instituições

Estabelecer redes de cooperação, incorporar a inovação e o empreendedorismo social e a eficiência e a eficácia na gestão interna, diversificar as fontes de financiamento e estabelecer parcerias são, e têm sido, algumas das novas formas de atuação encontradas pelas instituições no sentido de dar resposta às contínuas transformações operadas na sociedade, seja a nível económico, social e legal, entre outros.
Nesse sentido, consciente desta realidade e da necessidade de ajudar a capacitar as IPSS para os desafios emergentes, a CNIS está a desenvolver o projeto ROTASS (Rede Operacional e Técnica de Apoio ao Setor Solidário), que pretende promover uma rede de intercâmbio de informação e de partilha de recursos e boas práticas, a fim de facilitar e intermediar interações entre as instituições do Setor Social Solidário, em especial aquelas vinculadas às Uniões Distritais e/ou à CNIS.
É ainda objetivo da ROTASS, potenciar uma maior capacitação institucional da CNIS, de forma a melhorar a intervenção junto das associadas, desenvolvendo um trabalho mais qualificado e diferenciador, com um acompanhamento técnico e operacional de proximidade e de apoio contínuo às instituições.
A ferramenta de suporte desta rede é uma plataforma web (www.rotass.cnis.pt). Os responsáveis da CNIS esclarecem que a plataforma não é em si mesma «a rede», mas o instrumento de suporte à criação, dinamização e fortalecimento da pretendida rede colaborativa das instituições e das pessoas. Será através das interações entre as instituições que o Setor Social Solidário será fortalecido e as IPSS qualificadas, a sua atividade promovida e a sua imagem junto das comunidades melhor projetada.
A plataforma está acessível a todos, sendo que na área pública é possível encontrar informação diversa, legislação, boas práticas, biblioteca digital e uma lista de vagas nas respostas sociais, enquanto na área privada (acessível apenas às IPSS associadas das Uniões Distritais e/ou da CNIS e previamente registadas), para além da informação da área aberta, contém mais cinco menus: bolsa de bens e serviços; diretório de fornecedores; bolsa de auditores e formadores; respostas sociais; e um fórum.
De sublinhar que o acesso à área reservada da plataforma é gratuito para todas as instituições que vejam o seu pedido de registo aprovado pela respetiva UDIPSS. Nos casos da sua inexistência será pela CNIS.
A sustentabilidade das instituições é uma questão permanentemente em cima da mesa, mas a todas é pedido que mantenham (ou aumentem) o seu nível de resposta aos seus públicos com os mesmos recursos. Neste prisma, a partilha e cooperação entre instituições ganha uma relevante importância para a manutenção e fortalecimento de cada uma das instituições e de todo o Setor Social Solidário.
Assim, os dirigentes da CNIS têm apelado à adesão das instituições à ROTASS, na qual a partilha de recursos humanos e materiais gerando diminuição de custos, o acesso a uma rede de profissionais qualificados que trabalham no Setor Social Solidário e que numa ótica de trabalho em rede e parceria podem efetuar auditorias ou ministrar formação noutras instituições, a participação em fóruns de discussão e o esclarecimento sobre temáticas importantes para o funcionamento das instituições são alguns dos ganhos que as IPSS podem retirar da plataforma.
A ROTASS dará ainda acesso a uma plataforma de e-learning que está a ser desenvolvida com a finalidade de disponibilizar um conjunto de ações de formação relevantes para o Setor e para as instituições aderentes.
No fundo, com a implementação da ROTASS a CNIS pretende constituir um pilar estruturante em termos de atividades a desenvolver no contexto da Economia Social. No entanto, fator determinante para o sucesso do projeto é a efetiva constituição de uma rede continuada de colaboração e partilha entre as instituições.
Tal como referiu Palmira Macedo, assessora da CNIS, no último Conselho Geral, agora é preciso divulgar a plataforma junto das instituições e estimular a sua participação, pois “é necessário que se comece a utilizar a plataforma”, dando a conhecer o que se faz e como se faz e partilhando problemas, preocupações e necessidades para em rede se encontrarem as melhores respostas.

 

Data de introdução: 2017-11-09



















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