CARTA ÀS INSTITUIÇÕES - JUNHO 2008

SENHOR PRESIDENTE


Obviamente (!) esta carta mensal chega aos destinatários um pouco antes e muito diferente...

Se a realidade de hoje é expressão de sonhos de ontem, aquilo que sonhamos nem sempre será aquilo que desejamos...

Anteriormente, um tema era recorrente. Nesta carta é quase único: o ATL.

Tudo começou em Maio de 2005 com o anúncio da medida de prolongamento do horário escolar no 1º ciclo do ensino básico. Uma medida com bondade, como sempre se reconheceu. Mas uma medida que provocou angústias, dúvidas, inquietações e perturbações.

Entre outras iniciativas, foi feita uma Petição à Assembleia da República em defesa do direito de escolha. Recolheu mais de 160 mil assinaturas válidas. Aguarda-se por um pronunciamento que, provavelmente, ainda carecerá de mediações e reajustamentos.

Em 16 de Maio, mais de 2.000 pessoas compareceram num Plenário, que para alguns foi manifestação de descontentamento e para todos foi a oportunidade de erguer a voz e... proclamar. Uma série de medidas foram apontadas em defesa de um sector solidário e de uma muito querida valência.
O diálogo com o Governo foi retomado. A concertação é possível. Sem submissão mas com cedências, encontros, desencontros e reencontros. E cooperação. Na certeza de que uma boa ideia é semente de gestação num tempo sem controlo. Na esperança de que os bons semeadores sobrevivam ao tempo e os bons actores controlem o tempo.

O diálogo moderou as medidas anunciadas em 16 de Maio: agora é tempo de agilidade e de habilidade. E tempo de dar as mãos. E tempo para alimentar a certeza de que há caminho por andar. Nem sempre fácil, mas sempre com a esperança de um bom porto para aportar.

E, de mãos dadas, o tempo dirá que a defesa do ATL foi a defesa da solidariedade...

Entretanto, não deixe de ler o texto que se junta com o título “Pacto na cooperação”...

Com os melhores cumprimentos,

Porto, 28 de Maio de 2008


O presidente da CNIS


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(Lino Maia, padre)

 

Data de introdução: 2008-05-31



















editorial

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Não há inqueritos válidos.

opinião

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Imigração e desenvolvimento
As migrações não são um fenómeno novo na história global, assim como na do nosso país, desde os seus primórdios. Nem sequer se trata de uma realidade...

opinião

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