GRATUITIDADE DA CRECHE

Valor a pagar por criança separa Governo e Sector Social Solidário

Quando se está a dois meses do início do ano letivo, Governo e Sector Social Solidário ainda não chegaram a acordo sobre o valor que o Estado irá pagar por criança às IPSS, no âmbito da entrada em vigor da gratuitidade da resposta social de creche para as crianças até um ano de idade.
A gratuidade começa a ser aplicada a partir de setembro e abrangerá, neste ano letivo todas as crianças que ingressem no primeiro ano de creche e que tenham nascido a partir do dia 1 de setembro de 2021.
As negociações entre o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS), através do Instituto do Segurança Social (ISS), e o Sector Social Solidário para encontrar “o valor técnico da resposta social” de creche têm decorrido, mais intensamente, nos últimos dias, mas sem grandes resultados.
No entanto, segundo o MTSSS, o Governo “mantém a articulação em curso com as organizações representativas do Sector social e solidário”.
“Temos vindo a conversar. Foram avaliados os custos técnicos, mas ainda não há acordo quanto ao montante que o Estado terá de transferir por cada criança que frequente uma creche no Sector Social Solidário”, afirmou, ao jornal Público, o presidente da CNIS, sublinhando: “Da parte da Segurança Social há um montante que foi decidido a partir de alguns estudos e essa avaliação não é consensual. Da parte das organizações do Sector Social Solidário considera-se que o custo técnico é superior àquele que a Segurança Social pensa ser”.
Enfatizando a importância e adesão das instituições à medida, pois “favorece evidentemente as famílias e tem em conta a promoção da natalidade”, o padre Lino Maia alerta que “não está ainda muita coisa concretizada”.
Para o Governo, “o objetivo é chegar a 100 mil crianças no final da implementação da medida da gratuitidade de frequência de creche”.

 

Data de introdução: 2022-07-08



















editorial

TRATOS E ABUSOS

Todos ficámos abalados com os relatos de abusos sexuais praticados por agentes pastorais. São dilacerantes, são muitos os abusadores e são muitas as vítimas.

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Proteção de Crianças, Jovens e Pessoas Vulneráveis
Os abusos sexuais de crianças na Igreja Católica têm sido uns dos assuntos mais marcantes da agenda mediática do nosso país. Nunca os erros de alguém podem ser...

opinião

JOSÉ A. SILVA PENEDA

O significado de alguns dados do último recenseamento
Em cada dez anos o Instituto Nacional de Estatística responsabiliza-se por proceder à elaboração do Recenseamento Geral da População e do Recenseamento Geral da...