Desmond Tutu pede dia de jejum em solidariedade para com o povo do Zimbabwe

O bispo emérito anglicano de Cidade do Cabo, Desmond Tutu, Prémio Nobel da Paz, pediu aos sul-africanos, esta segunda-feira, dia 12, que façam jejum uma vez por semana, em sinal de solidariedade para com os habitantes do Zimbabwe onde quase metade da população necessita de ajudas alimentares, além de estar à mercê de uma epidemia de cólera, que já matou mais de 1.700 pessoas.

Em declarações è emissora sul-africana de rádio – Rádio 702 – o Dr. Tutu pediu aos seus compatriotas que "jejuem apenas um dia na semana, o bastante para se identificarem com os irmãos e irmãs do Zimbabwe", onde a crise política e económica que afecta o país provocou a penúria de alimentos e o colapso do sistema de saúde.

Desmond Tutu, de 77 anos, Nobel de Paz-1984, pela sua luta contra o sistema segregacionista do apartheid, é um dos principais críticos, na África do Sul, do regime do presidente zimbabueano, Robert Mugabe, para o qual pediu sanções do governo de Pretória e da comunidade internacional.

Além disso, faz parte do "Grupo dos Anciãos", criado em 2007, pelo ex-presidente sul-africano, Nelson Mandela (também ele Nobel da Paz) e por sua esposa, a ativista de direitos humanos, Graça Machel, e formado por uma dezena de personalidades internacionais que se têm destacado na intermediação de conflitos e crises.

Graça Machel, juntamente com o ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter, e o ex-secretário general da ONU, Kofi Annan, tentou entrar no Zimbabwe, em Novembro passado, a fim de encontrar uma maneira de acabar com a escassez de alimentos e com a epidemia de cólera, mas o governo de Robert Mugabe impediu a entrada do grupo no país. (AF)

 

Data de introdução: 2009-01-13



















editorial

Comunicar é tornar comum

A partilha de informação remonta à origem latina de comunicar, que também apela à participação, sendo a comunicação um processo de tornar comum algo entre as pessoas, a troca de experiências e de...

Não há inqueritos válidos.

opinião

EUGÉNIO FONSECA

Agora, que os eleitos só pensem no bem comum
Sou um político resiliente, sem nunca ter sentido a necessidade de me envolver na política ativa. Quero dizer que, há mais de cinquenta anos, fiz a opção de viver a minha...

opinião

PAULO PEDROSO, SOCIÓLOGO, EX-MINISTRO DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE

A caracterização racial é racismo estrutural
Três amigos chegaram ao aeroporto de Lisboa, vindos de um voo intercontinental, com a quantidade de bagagem de umas férias relativamente longas. Duas das pessoas no grupo eram caucasianas, uma...