Ernesto Costa, segundo presidente da União das Instituições Particulares de Solidariedade Social, faleceu na terça-feira, 14 de setembro, aos 91 anos.
No dia 17 de Novembro de 1984, no salão do Centro Social de S. José, na cidade de Coimbra, 137 instituições elegeram uma lista cuja direcção era encabeçada por Ernesto Marques Campos. O segundo presidente da União das Instituições Particulares de Solidariedade Social, Licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto, era professor e desempenhava funções pedagógicas na Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental, APPACDM.
A escolha de um laico para a liderança da UIPSS pretendia ser um sinal de abertura a toda a sociedade civil e, ao mesmo tempo, desmontar a imagem de que a solidariedade era um exclusivo da Igreja Católica. Durante três anos a equipa coordenada por Ernesto Campos apostou na continuidade da acção social e tratou de credibilizar o organismo que tutelava as instituições em Portugal. Tarefa árdua e muito exigente para a qual não havia meios suficientes. Naquele tempo era preciso catequizar os políticos que não entendiam o trabalho específico das IPSS, afirmava em 2007, em entrevista ao jornal Solidariedade, Ernesto Campos.
Uma das marcas de que se orgulhava de ter legado era a concepção do jornal Solidariedade que nasceu para combater a opacidade a que a UIPSS estava condenada. Ernesto Campos foi jornalista da Rádio Renascença, colaborador da Rádio Festival, do Porto, e de vários jornais e revistas sobre temas de educação e solidariedade social (Miriam, Voz Portucalense).
É o segundo líder histórico da UIPSS/CNIS a desaparecer. Recorde-se que o cónego Orlando Mota e Costa, que foi o primeiro presidente da União das Instituições Particulares de Solidariedade Social, faleceu, no dia 25 de novembro, aos 88 anos de idade.
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