PROGRAMA INTEGRADO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA PARA AS IPSS

Associadas da CNIS podem inscrever-se até 15 de fevereiro

Termina a 15 de fevereiro o prazo para as IPSS associadas da CNIS se inscreverem no Programa Integrado de Eficiência Energética para as IPSS (PIEE IPSS), que tem como objetivo principal sensibilizar e formar os colaboradores das IPSS (380) para a temática da Eficiência Energética, através da criação de uma rede de Coordenadores Internos de Energia (CIE) capacitados no âmbito do Programa.
O PIEE IPSS resulta de uma medida financiada no âmbito do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Elétrica (PPEC 2017-2018), aprovado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), promovido pela RNAE - Associação das Agências de Energia e Ambiente (Rede Nacional).
Podem tentar ser uma das 380 instituições a admitir todas as IPSS associadas da CNIS, sedeadas em Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira.
O Programa decorre ao longo de três fases – Capacitação do Coordenador Interno de Energia (CIE); Desenvolvimento do Programa com as 50 instituições selecionadas; e Concurso – e atribuirá, no final, um prémio aos melhores projetos apresentados.
Na Fase I (Capacitação do Coordenador Interno de Energia), depois de selecionadas, as 380 IPSS serão contactadas de forma a ser nomeado/selecionado um CIE, que será o elo de ligação com a equipa do Programa.
Nomeados e indicados os 380 CIE, serão organizados 38 workshops formativos (dois por cada estrutura intermédia da CNIS), com a duração de cinco horas, com o objetivo de dar a conhecer o Programa, motivar a participação das IPSS e capacitar cada um dos CIE.
Seguir-se-á uma ação formativa para todos os colaboradores das 380 IPSS iniciais do projeto, que terá como base um Manual de Boas Práticas a desenvolver entretanto. Em simultâneo será desenvolvida uma versão resumida do Manual de Boas Práticas, adaptada para habitações particulares, a distribuir por todos os utentes e respetivas famílias.
Aqui haverá um segundo momento da Fase I, com a seleção de 50 IPSS, através de um concurso, com o objetivo de dar continuidade técnica ao Programa.
Já na Fase II (Desenvolvimento do Programa com as 50 IPSS selecionadas), a escolha de 50 IPSS terá como base o potencial de redução de consumos de energia. Para isso serão analisados com maior pormenor os inquéritos iniciais já recebidos e as faturas de energia, processo que contará com o apoio dos CIE. O trabalho dos CIE será acompanhado pelas Agências de Energia e Ambiente que prestarão todo o auxílio necessário ao esclarecimento das dúvidas.
Nas 50 IPSS selecionadas serão realizados levantamentos energéticos, vulgo diagnósticos energéticos simplificados, que serão geridos diretamente pelos CIE de cada IPSS e apoiados pela equipa do Programa e Agências de Energia e Ambiente.
As IPSS estarão, assim, em condições de apresentarem um projeto com propostas/ideias de medidas, de âmbito comportamental, pedagógico e de sensibilização, que permitam a melhoria da eficiência energética, o aumento do desempenho energético e a redução da fatura de energia elétrica dos seus edifícios.
Essas propostas/ideias serão enquadradas no âmbito de um concurso que preenche a Fase III.
Após a apresentação dos projetos no âmbito de uma nova fase de concurso, serão premiadas as IPSS com as propostas/ideias que mais se destacarem. Estas IPSS serão premiadas através da realização de auditorias energéticas aos seus edifícios, mas também através da implementação de medidas de melhoria da sua eficiência energética.
Até ao próximo dia 15 de fevereiro, as IPSS interessadas podem inscrever-se AQUI.

SEM ENCARGOS PARA AS INSTITUIÇÕES
 

O SOLIDARIEDADE endereçou algumas questões a Rui Pimenta, vogal efetivo da RNAE - Associação das Agências de Energia e Ambiente (Rede Nacional) e administrador executivo da AdE (Agência de Energia) Porto, no sentido de melhor esclarecer o alcance do PIEE IPSS.

SOLIDARIEDADE - Quais as grandes vantagens que as IPSS podem ter aderindo a este programa?
RUI PIMENTA
- A participação no PIEE IPSS proporcionará a formação de recursos humanos a colaborarem nas IPSS no domínio da energia, do seu uso racional e da eficiência energética. A participação no programa será feita através de um interlocutor principal, que se pretende que seja o Coordenador Interno de Energia (CIE), que, pelo seu lado, assumirá a responsabilidade de «gerir» os consumos, a utilização, os custos, etc. da energia e o impulsionador da adoção e implementação de medidas positivas neste domínio. Por outro lado, será proporcionado às IPSS e, designadamente ao seu CIE nomeado, uma ferramenta de gestão de energia online, que irá ser um importante recurso para uma gestão energética eficiente e eficaz dos seus edifícios. Enquadrado no programa estará ainda a apresentação às IPSS de modelos de aproveitamento das coberturas dos seus edifícios para implementação de unidades de pequena produção e autoconsumo, e, também, um leilão de energia elétrica, juntando os comercializadores de energia elétrica.

A dimensão da instituição pode ser um obstáculo?
De maneira nenhuma. O importante é trabalhar as IPSS com maior potencial de redução de consumo. O número de utentes ou a dimensão não são os critérios mais relevante nesta participação.

Não ser uma das 50 IPSS selecionadas redunda em tempo e recursos perdidos? O que fazer a seguir?
De maneira alguma. Numa época em que a necessidade de economizar recursos é um tema diário, sejam eles os recursos naturais que por força das alterações climáticas são um imperativo poupar, sejam eles os recursos financeiros disponíveis, não vejo porque seriam tempo e recursos perdidos. Note-se que a inscrição da IPSS e a nomeação ou a seleção do Coordenador Interno de Energia (CIE), que será o elo de ligação com a equipa do programa, dará acesso à participação num dos 38 workshops formativos que serão organizados. Os workshops têm duração de cinco horas, serão dinamizados pelas Agências de Energia e Ambiente que darão a conhecer o programa, explicitarão as motivações para a participação das IPSS e irão capacitar cada um dos CIE. Posteriormente, realizar-se-á uma ação de formação para todos os colaboradores das 380 IPSS iniciais do projeto. Esta ação de formação terá como base um Manual de Boas Práticas. Além do Manual será disponibilizado um vídeo e uma apresentação, a distribuir pelos CIE, com o objetivo de apoiar a formação junto dos restantes colaboradores das IPSS. Paralelamente, a formação dos colaboradores das IPSS será apoiada através da criação de uma ferramenta de formação à distância, em formato de e-learning. Simultaneamente será desenvolvida uma versão resumida do Manual de Boas Práticas, adaptada a habitações particulares, a ser distribuída por todos os utentes e respetivas famílias. Todas as IPSS terão à disposição uma Plataforma de Gestão de Consumos de Energia, vulgo ferramenta de gestão de energia online, que irá ser um importante recurso para uma gestão energética eficiente e eficaz dos seus edifícios. Independentemente de serem uma das 50 IPSS selecionadas, esta ferramenta, gratuita, é disponibilizada a todas aquelas que aderirem a este programa. Todo este processo se traduz em benefícios e vantagens para as IPSS, colaboradores, utentes e famílias. Só posteriormente a esta primeira fase serão selecionadas as 50 IPSS para se efetuar um levantamento energético e um diagnóstico energético simplificado.

É possível atribuir um número à potencial poupança que uma IPSS pode alcançar no final, implementado o "projecto premiado"?
Sim, todas as IPSS poderão fazer essa avaliação. Serão premiadas as IPSS com as propostas/ideias que mais se destacarem. Estas IPSS serão premiadas através da realização de auditorias energéticas aos seus edifícios, mas também através da implementação de medidas de melhoria da sua eficiência energética. A seleção destas IPSS assentará na qualidade e exequibilidade dos projetos apresentados. De referir que serão ainda atribuídos outros prémios de participação às IPSS que mais se destacarem, sendo estes vertidos na implementação de pequenas medidas de melhoria da eficiência energética.

Que custos para a IPSS de todo este processo?
Nenhum. Este programa/medida é totalmente financiada pelo Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de energia elétrica (PPEC) de 2017-2018, promovido pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), sendo a RNAE - Associação das Agências de Energia e Ambiente (Rede Nacional) a entidade promotora.

Esta é uma ação que pretende ir mais além do que as IPSS, as famílias são igualmente um público-alvo?
Sim, as famílias são chamadas a participar logo na primeira fase do processo. Consideramos fundamental envolver os utentes e as suas famílias neste processo construtivo em torno da utilização racional de energia. Os conceitos e metodologias construídas são facilmente transpostas para o universo residencial, isto é, de todas as habitações familiares. Os utentes e familiares terão acesso a uma versão resumida do Manual de Boas Práticas, adaptada para habitações particulares, que será distribuído por todos os utentes e respetivas famílias. Paralelamente, a ferramenta de gestão de consumos de energia estará também construída de modo a que o setor residencial, as famílias, a possam utilizar para fazerem uma gestão de energia mais eficiente das suas habitações e, com isso, reduzirem a sua fatura de energia.

 

Data de introdução: 2018-02-08



















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