XI FESTA DA SOLIDARIEDADE - MADEIRA

Chama irradiou entusiasmo e alegria por toda a Madeira

Sintomático foi o enorme entusiasmo com que o archote solidário foi recebido em todo o lado, tantos pelas instituições, como pelas entidades e associações locais, num percurso que incluiu todos os concelhos da RAM.
Uma semana de digressão, que arrancou em Porto Santo, no dia 27 de maio, e terminou no Funchal, no dia 2 de junho. No entretanto, passagem pelo Machico (dia 28 de maio), com destaque para a receção no Caniçal, para no dia seguinte rumar Câmara de Lobos, onde houve o primeiro cortejo significativo, da Capela da Vitória até à Praça da Autonomia, onde o presidente da CNIS, padre Lino Maia, se juntou à festa. Dali, a flama solidária dirigiu-se à Ribeira Brava, onde a animação musical se prolongou até cerca das 23h00 e a Chama iluminou a sua primeira missa campal do périplo.
Já no dia seguinte, a Chama, que pernoitou na Ribeira Brava, chegou pela manhã à Ponta do Sol, avançando até à Calheta e terminando o dia no Porto Moniz, onde voltou a realizar-se uma eucaristia em honra da Chama da Solidariedade.
No derradeiro dia de maio, a grande maratona. Vinda do Porto Moniz, onde passara a noite, a tocha solidária chegou a S. Vicente, rumando à freguesia de Ponta Delgada, para seguir caminho até Santana, mais concretamente a Arco de S. Jorge, onde se iniciou uma viagem por todo o território Património Natural da Humanidade. Depois dos muitos presentes formarem um cordão humano em torno da igreja local, a Chama passou por todas as demais freguesias do concelho de Santana, sendo recebida em todos os locais com grande entusiasmo e muito brio.
No penúltimo dia de périplo, a Chama iniciou o Dia, que era Mundial da Criança, em Santa Cruz, para dali dar início a um outro périplo, agora no Funchal.
S. Gonçalo, baixa do Funchal e S. Martinho, para no dia seguinte passar por Santo António, repousando no Hospício Princesa Dona Amélia, já no centro do Funchal, antes de seguir para as emoções fortes que foi a Festa da Solidariedade, no Jardim Municipal.
Em todos os locais por onde a Chama da Solidariedade esteve foi recebida com um entusiasmo fantástico, com crianças, jovens e seniores demonstrando grande alegria, proporcionando momentos de animação musical, de teatro, de poesia, de folclore, ou, simplesmente, oferecendo uma flor.
Nota interessante em toda a digressão foi o facto de o Hino da Solidariedade, versão de 2015, ter sido interpretado nos mais diversos pontos da madeira das mais diversas formas e feitios, mas sempre com extraordinários resultados. «A cappella», em coro por crianças e/ou por idosos, com e sem coreografia, acompanhado a acordeão, a cavaquinho ou com outros instrumentos o Hino da Solidariedade conheceu diferentes e boas versões.
Há quem diga que uma imagem vale por mil palavras, mas quando as palavras são bem costuradas, a coisa pode não ser bem assim…
Na Gaula, mais concretamente no Refúgio de São Vicente de Paulo, a poetisa Olívia Baptista, residente do lar, escreveu e declamou o poema «Chama Viva», que retrata de forma exemplar e simples o universo e espírito que a Chama da Solidariedade carrega.
Por isso, mais do que outras palavras, ficam as de quem vive por dentro a solidariedade das e nas IPSS.
“Chama ardente sê bem-vinda/Te saudamos com amor/No Refúgio de São Vicente de Paulo/Recebemos os idosos/Também habita o Senhor.
Hoje a Chama nos Visita/Recebemo-la com alegria/Símbolo da solidariedade/Para toda freguesia,
A Festa da Solidariedade/Celebra e louva o trabalho das instituições/Enaltece os seus valores/Em nossos corações.
Muito amor e esperança/É o que esta Chama nos traz/Agradecemos a todas as instituições/O trabalho que cada uma faz.
A Chama vem afirmar/O seu imenso valor/Todo o trabalho do lar/É feito com muito amor.
Vemos o combate à pobreza/Uma missão essencial/Queremos justiça e dignidade/Para toda a população em geral.
Instituições Particulares de Solidariedade Social/Trabalham com dignidade/Recebem muitos carenciados/E lutam pela igualdade.
Vimos a Chama ser recebida por muitas instituições/Para lhes dar força e coragem/Em todas as ocasiões.
A chama que sempre vive/No fundo dos corações/Chama viva não te apagues/Não tragas desilusões”.
Imagens para quê, quando as palavras são costuradas acertadamente?
Esta é, sem dúvida, uma das mais marcantes edições, das 10 que já teve, que a Chama da Solidariedade protagonizou, ficando na retina o entusiasmo e alegria tão próprio das crianças que estiveram em massa na passagem da centelha, mas também dos muitos idosos e público em geral que assistiu.
Já a Festa da Solidariedade, no Jardim Municipal do Funchal, foi uma espécie de extravasar de toda a celebração que foi a presença da Chama na «Pérola do Atlântico», uma verdadeira explosão de alegria testemunhada por todos aquando da chegada do archote solidário pelas mãos do padre Francisco Caldeira, presidente da UIPSS Madeira.
Obviamente, tudo terminou com o «Bailinho da Madeira», pelo Grupo Folclórico da Casa do Povo da Ponta do Sol.
Nota ainda para a sessão cultural que foi a apresentação do livro «Juntos… pela criança na creche», uma edição da CNIS e que teve como protagonistas o padre Lino Maia e Filomena Bordalo, numa iniciativa que integrou o programa da 43ª Feira do Livro do Funchal.
Em 2018 é a vez de Setúbal.

 

Data de introdução: 2017-06-09



















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